O
texto contido nesta seção é de autoria de Carla Stumpf
Branco e Raquel Stumpf Branco. Portanto, por questões éticas,
NÃO copie o texto, a não ser que seja útil para sua
pesquisa científica e seja, então, devidamente REFERENCIADO
em seu trabalho.
A desordem
temporomandibular (DTM) é um quadro de dor ou disfunção
envolvendo as articulações temporomandibulares (ATM) e/ou
os músculos da mastigação, tendo etiologia multifatorial.
Na literatura, é reconhecidamente subdividida em:
I- Dor Miofascial
II- Deslocamento de Disco
III- Alterações Degenerativas da ATM (artralgia, osteoartrose,
osteoartrite)
A dor miofascial atinge a musculatura, sendo caracterizada por sensibilidade
ou dor no músculo em questão, podendo haver limitação
da abertura de boca. A dor também pode ser referida para outro
local quando o trigger point é palpado, reproduzindo a queixa de
dor do paciente. Esta dor pode ser causada por micro e macrotrauma, tensão
crônica e alterações na função. Acomete
82,8% dos pacientes com DTM(1).
Em sua fase inicial, o deslocamento de disco temporomandibular provoca
um som de estalo durante o movimento da boca, podendo ou não impedir
a movimentação correta. Esta situação pode
evoluir para um quadro crônico, causando remodelação
do tecido mole ou ósseo, devendo, por isso, ser avaliado e acompanhado
por profissional especializado. Embora nem todos os casos de deslocamento
de disco venham acompanhados por dor na ATM, a maioria causa dor e desconforto,
muitas vezes dificultando ou impossibilitando a correta alimentação.
Dentre os pacientes com DTM, em 31,8% o deslocamento de disco pode ser
diagnosticado clinicamente(2) pelo profissional especializado.
Pressões intra-articulares elevadas podem comprometer a função
dos capilares periféricos, ocasionando uma hipóxia temporária
e diminuindo a lubrificação da articulação.
Este quadro favorece um processo degenerativo, caracterizado por ruídos
articulares contínuos durante a movimentação da boca,
podendo ou não gerar dor para o paciente.
Clinicamente, é comum que estes três grupos principais apareçam
associados. Além disso, doenças como a fibromialgia podem
aparecer conjuntamente ao quadro de DTM, complicando o prognóstico
do paciente e exigindo uma equipe multidisciplinar para o tratamento do
caso.
Referências:
1- Branco RS, Branco CS, Tesch RS, Rapoport A. Freqüência de
relatos de bruxismo em pacientes com desordens têmporo-mandibulares.
Revista Brasileira de Medicina 2006; 63(9): 464-468.
2- Branco RS, Branco CS, Tesch RS, Rapoport A. Freqüência de
relatos de parafunções nos subgrupos diagnósticos
de DTM de acordo com os critérios diagnósticos para pesquisa
em Disfunções Temporomandibulares (RDC/TMD). Revista Dental
Press de Ortodontia e Ortopedia Facial 2008; 13(2): 61-69.
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